Para identificação do perfil do desenvolvedor mobile quanto aos seus conhecimentos a respeito de funcionalidades de acessibilidade, se faz necessário alcançar pessoas, estudantes e/ou profissionais, que já atuam no mercado de desenvolvimento de mobile apps. Para isso foi desenvolvido um formulário do Google para coletar algumas informações de uma amostra da nossa população. Com essas informações reunidas, foi utilizada a linguagem de programação Python e o ambiente virtual online Google Colab para desenvolvimento da análise exploratória dos dados.
Para a coleta dos dados foi realizada uma pesquisa quantitativa levantado, inicialmente, algumas perguntas e hipóteses a serem descritas através do resultado da análise. A nossa população compreende os desenvolvedores mobile de nível estudantil e/ou profissional, para compôr nossa amostra foram selecionados um grupo de pessoas no Departamento de Computação (DComp) da Universidade Federal de Sergipe (UFS) que receberam o link para responder o formulário. Desse grupo, 44 pessoas responderam o formulário, desse modo, os resultados obtidos na amostra foram interpretados como uma generalização correspondente à população alvo da pesquisa.
Essa abordagem pretende se aproximar de um projeto de pesquisa do tipo Amostragem Aleatória Estratificada, onde procurou-se separar a população em grupos, estudantes e profis- sionais, e pretendeu encontrar pessoas de ambos os grupos. Por limitação do tempo aplicado na pesquisa, as pessoas pertencentes ao grupo de profissionais corresponderam a pessoas que estudam e trabalham, e as pessoas pertencentes ao grupo de estudantes foram aquelas que no momento apenas estudam.
Na Figura 1 podemos ver que a grande maioria das respostas foram dadas por pessoas que se identificam pelo gênero Masculino. Esse dado acaba sendo um reflexo da proporção encontrada no Departamento de Computação da Universidade.
Quanto a quantidade de participantes que conhecem o tema, como podemos observar na Figura 2, o resultado mostra que a grande maioria conhece mas, apenas ouviu falar e não chegou a implementar de fato os conceitos em seus projetos. O local de aprendizado, no entanto, se mostrou bem diverso, como podemos ver na Figura 3 as respostas foram bem distribuídas. Alguns aprenderam em curso online, no trabalho, na faculdade ou pesquisando na internet.
Na nossa pesquisa foi solicitado que a pessoa informasse o quanto ela classificava a implementação de acessibilidade em seus projetos. Algumas pessoas não classificaram a resposta,
o que foi considerado como se ela não implementasse nada. O intervalo de classificação variou entre 0, não implementa nenhum tipo de funcionalidade com acessibilidade, e 5, implementa e planeja todas as funcionalidades com acessibilidade. Como resultado, conforme exibido na Figura 4 foi observado uma variação nas notas atribuídas, mas ainda sim a nota mais atribuída foi a 0, indicando que a maior parte da amostra não implementa funcionalidades de acessibilidade.
De forma detalhada, quando olhamos para esses dados pode-se montar uma tabela de frequência a fim de extrair algumas informações. Como o índice de variabilidade dos valores sendo muito alto para a nossa amostra de dados, o que indica valores espalhados onde muita gente não implementa nada mas tem uma boa quantidade que implementa alguma coisa.
Dos participantes da amostra, pode-se identificar a partir da Figura 5 que a grande maioria está trabalhando com desenvolvimento no momento. No entanto, como identificado na 6 existe um percentual muito maior de empresas que não possuem planejamento e utilização de funcionalidades visando a acessibilidade em seus produtos.
Dentre as causas listadas pelos participantes que trabalham com desenvolvimento mobile, a falta de obrigação e presença de acessibilidade nos requisitos dos projetos é o grande motivador para a falta de implementação de funcionalidades com acessibilidade. De acordo com a Figura 7 o tempo apertado para entrega de produtos é o segundo maior motivador para não implementação da acessibilidade nos produtos.
