Esse app possui três telas:
- Lista de produtos
- Lista de produtos do carrinho
- Checkout
Há algumas camadas notáveis, da mais interna à mais externa:
- Model: aqui cuidamos da regra de negócio do app:
Product
,Discount
pertencem a essa camada. - API: controla o acesso ao servidor e tratamento de erros referentes à rede.
- Repository: gerencia o local onde os produtos devem ser buscados - rede ou persistência interna.
- View Model: representa o estado da view. Todos as computações e os dados necessários para uma view estão armazenados nesta camada.
- View: responsável pela exibição e tratamento de eventos de tela.
A modelagem dos descontos é o típico exemplo do padrão strategy. Então, temos uma interface comum a todos que quiserem ser Discount
e um local de registro para todos os Discounts
. Dessa forma, a inserção de novos descontos é feita de forma simples criando uma classe que possui a nova regra, um teste de unidade e, logo em seguida, registrando-a em Discounts
.
Neste ponto, poderia ser utilizado algum framework de injeção de dependência ou, de forma mais simplificada algum service locator. Para projetos mais elaborados, com grafo de dependências, essas opções devem ser consideradas.
Na camada de API foi criado um desacoplamento entre a representação de um modelo enviado pela rede e o modelo usado internamente pelo app. No modelo da rede temos um acoplamento com a tecnologia usada para parsing (aqui foi usado o GSON juntamente com o Retrofit) facilmente visto pelas anotações @SerializedName
do GSON. Já, no modelo interno temos POJOs que são criados por meio de ProductConverter
.
Na API também são tratados erros de conexão e falhas de request. No entanto, nem sempre esses erros devem ficar ocultos do usuário (alguns erros podem disparar alertas na tela do aparelho), então há um delegate para outras camadas que saberão lidar com isso. Usando essa separação, as falhas capturadas na camada de API poderiam ser enviadas para algum crash report, por exemplo.
A camada Repository
é o delegate da API. Usando ideias de views reativas, esta camada cria um LiveData para expor os dados obtidos, ou melhor: um StateLiveData
. O dado obtido é encapsulado juntamente com o seu estado (LOADING
, SUCCESS
e FAILURE
) em um Resource
. Dessa forma, quem estiver registrado nesse StateLiveData
conhece mais informações sobre o andamento da sua solicitação ao repositório, melhor do que apenas saber se o dado existe ou não. Numa situação real, essa camada também conheceria camadas de persistência e chamaria o acesso à rede caso não encontrasse os dados internamente (ou qualquer outra regra de expiração de cache fosse satisfeita). Aqui, o Room seria bem utilizado.
Quem aciona a camada de Repository
é o ViewModel
. Como o app representa um fluxo de compra simplificado e as três telas pertencem ao mesmo contexto de uso, temos aqui um exemplo de um shared view model representado pela classe MainViewModel
. Novamente pensando em injeção de dependências, há uma Factory
para a criação desse MainViewModel
que sabe qual é o repositório a ser usado por esse view model.
Nesta classe, temos diversos métodos devolvendo um LiveData
, justamente para que as views tenham a menor quantidade possível de código, pois dessa forma temos uma facilitação na testabilidade do aplicativo, já que o view model pode ser testado de forma unitária sem o uso de um ambiente instrumentado.
Por fim, as views são simplesmente observadoras do MainViewModel
e possuem apenas código relacionado ao mundo do Android. Uma observação: apesar de temos uma única activity que gerencia dois fragments, o padrão single activity não foi o foco aqui. Caso tivessemos mais telas ou fluxos no aplicativo, certamente teríamos outras activities com outros fragments.